terça-feira, 23 de agosto de 2011

Serão em Campo Maior




Como já aqui foi relatado, a amiga Rosa Dias apresentou, no passado sábado, dia 20 de Agosto, o seu mais recente livro de poemas intitulado “Novo Amanhecer”.

A propósito do lançamento, que decorreu no Jardim Municipal e contou com a presença de muitos amigos convidados da escritora, o serão foi ainda animado por parte de alguns grupos da terra - os “Amigos das Harmónicas”, o “Grupo de Saias de Campo Maior” e o “Grupo de Cantares Despertar Alentejano”.

Embora sob a ameaça de uma grande trovoada de verão, daquelas que tão bem conhecemos aqui pelo interior, foi mais uma oportunidade de estar e conviver com amigos, sentir a poesia da Rosa e fruir dos sons da planície.


MEG



domingo, 21 de agosto de 2011

Lançamento em Campo Maior do livro de Rosa Dias




Ontem, pelas 22h, no Jardim Público de Campo Maior, foi lançado o 4º livro de poesia da nossa associada Rosa Dias, "Novo Amanhecer”. Na assistência, muitos campomaiorenses e muitos amigos da Rosa, entre os quais 5 outros associados da ALDRABA.

A apresentação do livro foi assegurada pelo vice-presidente da direcção da ALDRABA, Luís Filipe Maçarico, poeta e amigo da Rosa Dias, cujo texto aqui se reproduz. No palco, além da autora, estavam presentes e usaram da palavra a vereadora da Cultura da Câmara de Campo Maior, Isabel Raminhas, o presidente da Casa do Alentejo, João Proença, o empresário Rui Nabeiro e a poetisa Maria José Lascas.

JAF (texto) / MEG (fotos)

Um novo amanhecer…

Rosa Dias é uma força da natureza, enxertada em poesia, que realiza intensamente, na sua passagem por este mundo, o sonho de florescer em todas as vertentes que o ser humano pode abarcar.

“Levas na palavra a brandura / que acalma quem está sofrendo”

Uma das suas facetas mais luminosas é a do voluntariado, visitando enfermos, por vezes em fase terminal, nos hospitais onde o sofrimento é o cenário quotidiano mas onde aparecem estas pessoas raras partilhando a pura dádiva da fraternidade, com uma sílaba de esperança…

O associativismo é um dos caminhos para chegar aos outros, para consumar o melhor que a vida pode ter: convívio, entreajuda, saber-fazer, do verso à efémera flor de papel, do riso à descoberta enriquecedora.

Na Casa do Alentejo, com a Alma Alentejana, nos encontros da Aldraba, até em Alpedrinha com a Liga dos Amigos, e nas colectividades de Lisboa, a Rosa desperta os melhores sentimentos, gerando reflexões, agitando plateias, divertindo os que bebem a sua poesia ou as estórias trazidas do Alentejo, da vivência do povo humilde, ao qual dá uma expressão singular.

Ao lado da Rosa, mesmo que algumas vezes o seu coração se afligisse, ninguém se apoquenta, pois parece nascida para espalhar alegria. “A tristeza, longe da porta…”

Revejo-a na sua terra, pouco tempo depois de ser operada aos pés, recebendo multidões de amigos e até visitantes inesperados que, nas últimas Festas do Povo, julgaram que a sua casa era um estabelecimento para matar a sede aos forasteiros!

Amiga de palavras sensatas, aconselhando o melhor rumo, seguindo uma intuição onde o mais importante é decidir aquilo que impeça molestar o outro.

Rosa Dias nasceu em 26 de Setembro de 1947 e, como muitas crianças da sua época, aqui cresceu, frequentando escola primária do bairro novo, onde completou a 4ª classe.

A jovem Rosa trabalhou primeiro, durante algum tempo, numa torrefacção de café, para depois desempenhar as tarefas de empregada doméstica, tendo desenvolvido essa profissão em Lisboa, onde conheceu o seu amado, com dezasseis anos, pai dos dois filhos que tiveram.

“Abram-se as portas do povo / do meu povo amordaçado”

Quando a poesia, como um vulcão, incendiou as suas veias e espírito, por a ouvirem apresentar versos tão profundos e certeiros, os mais próximos, com estranheza, interrogaram-se sobre o mistério que se evidenciava, inundando os dias de todos os que com ela conviveram, ao longo dos anos.

Porém, e apesar da grande criatividade espontânea, nas últimas duas décadas e meia apenas publicou quatro livros.

Esta é a terceira vez que acompanho, em Campo Maior, a apresentação de um trabalho da Rosinha.

Foi assim em 2001, com a reedição das “Toadas Alentejanas” de 1989, e em 2008, quando gravou o CD “Olhar Poético”.

A estes títulos e ao “Sentir do Alentejo”, de 1985, e aos “Anexins e Nomes Engraçados de Campo Maior”, de 1997, junta-se agora um livro com uma grande carga simbólica, fruto de um imenso desejo de viver.

O “Novo Amanhecer” surge, após dias sombrios que Rosa Dias atravessou, com a força que lhe é inerente, esta maravilhosa energia regeneradora que a faz lembrar a dignidade do trabalhador alentejano, a ingenuidade da pegada dos velhotes, a graciosidade de um percurso, feito de paz e amor, construindo um espaço único de amizades, porque cumprindo a caminhada, com os valores mais puros na bagagem. Ou, como ela diz, “Contar verdades a crianças sem idade / E dizer bem alto, fiz assim só porque quis”.

Com a grande companhia das quadras e dos versos mais cintilantes, que, como uma escultura, talha na melhor madeira, Rosa Dias associa à sua escrita uma forma de dizer que envolve e surpreende.

“Não gosto de hipocrisia / Nem bondade disfarçada / Nem de quem tem a mania / Que sabe, sem saber nada”

Saboreemos os seus poemas perscrutando-a, folheiem-se os seus livros acompanhando o seu percurso, através do património e das tradições, demonstremos o quanto nos é grato respirar os solidários sonhos do povo do qual ela é uma das vozes que não se apagará da memória desta terra.

É tanta a magia da mulher e da obra que as palavras são diminutas para celebrar o privilégio de a termos hoje, mais forte do que nunca, trazendo uma colheita que é o retrato dos dias e dos passos, na direcção do futuro, sempre à nossa espera na linha do horizonte.

Bem hajas, Rosa, por seres como és, e por nos brindares com este “novo amanhecer”!

LUÍS FILIPE MAÇARICO


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Nomes de localidades em azulejos (cont.6)






















Continuando a saga do registo fotográfico das placas de azulejos com que o Automóvel Clube de Portugal assinalou as entradas de muitas localidades do país, a partir do 1º quartel do séc. XX, reproduzimos hoje mais 10 belos exemplares (8 do distrito de Lisboa e 2 do distrito de Beja).

Logo por alturas do nosso último post desta série, a amiga da ALDRABA Maria do Céu Ramos captou e disponibilizou-nos a placa de Ferreira do Alentejo.

Pouco depois, a nossa amiga Susana Rodrigues fotografou e enviou-nos as placas de Manique, de Mértola e de Trajouce, e, umas semanas mais tarde, de Bucelas, da Carapinheira e do Sobreiro.

Teresa Oliveira, no seu blogue “Diário de Bordo”, publicou recentemente uma fotografia da placa de Runa, enviada por Manuel Campos Vilhena, e que também aqui reproduzimos.

Por último, o repórter da ALDRABA foi, de máquina fotográfica em riste, no encalce da placa toponímica do Alcoitão, utilizando uma pista que vinha no blogue "Notas & Comentários", de José d'Encarnação. E encontrou-a, tal como, nas proximidades, encontrou casualmente a placa de Bicesse.

Com este nosso 7º post, a ALDRABA perfaz a publicação de placas de azulejos de 63 localidades do país… Razão tem a animadora do “Diário de Bordo”, quando aí escreveu em 25.7.2011 que “havemos de nos juntar todos, um dia destes, e oferecer tudo ao ACP, que temo que não ande a fazer os trabalhos de casa”.


JAF (comentários e fotos de Alcoitão e Bicesse)

sábado, 13 de agosto de 2011

Novo livro da associada Rosa Dias



Saudamos a edição do novo livro da poetisa e amiga Rosa Dias, intitulado "Novo Amanhecer".

O lançamento terá lugar no Coreto do Jardim Municipal de Campo Maior, no próximo sábado dia 20 de Agosto, pelas 21 horas, por ocasião das Festas do Povo.

A Aldraba assinala com entusiasmo este novo amanhecer, pelo que ele significa do renascer de que a Rosa tem sido, ao longo da sua vida, um exemplo.

Aqui deixamos o apelo para que muitos se possam juntar à Rosa em mais um dia importante para ela e para a poesia popular.

MEG